sábado, 14 de maio de 2011

Um bom professor, um bom começo



  Já faz um tempinho que o Todos Pela Educação tem vinculado na grande mídia campanhas pela valorização da Educação em nosso país.

 No mês passado,  foi lançada a campanha de mobilização com foco na valorização do professor, o que me deixou bem feliz, aliás, milhares de professores ao ver o vídeo da campanha devem ter gostado e muito do que assistiram.


Este é um dos cartazes de divulgação da campanha.

 Posso estar até enganada, esquecida talvez, mas não me lembro de ter visto nos últimos 20 anos qualquer tipo de manifestação pela valorização do professor. 


  Aplaudo e apoio a campanha - intitulada Um bom professor, um bom começo (aliás, um título felicíssimo, quem não sabe que tudo que começa bem tem ótimas chances de continuar bem até o fim?) - e torço para que não seja só mais uma na "multidão", espero que ela consiga alcançar de fato as pessoas e que de alguma maneira faça a sociedade pensar e repensar o papel do professor e voltar a vê-lo com mais interesse e respeito; que a profissão volte a ser admirada e valorizada como merece, pois TODOS, sem exceção, precisam de um professor em diferentes etapas da vida. 

 Segue abaixo o vídeo da campanha, uma animação muito bem feita e produzida com uma linda música acompanhando, na verdade o vídeo é maravilhoso! Espero imensamente que seja um sucesso e alcance seus objetivos!





* O Todos Pela Educação é um movimento da sociedade civil, apartidário, que reúne lideranças sociais, educadores, gestores públicos e representantes da iniciativa privada, com o objetivo de ajudar o Brasil a garantir Educação pública de qualidade para todas as crianças e jovens.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Curso de Formação de Educadores

    Pessoas, fiquei sabendo de um curso interessantíssimo para quem é educador, gosta de audiovisual e acredita que unir as duas coisas pode dar pé... Daí meus queridos amigos, eu não poderia de forma alguma deixar de divulgar essa novidade aqui!
  Trata-se de um curso de formação para educadores que o Nosso Cinema e o Cineduc, com parceria da FASE,  estão oferecendo.

    Com carga horária de 48 horas (valor de R$ 65,00) - todas as segundas e quartas, das 18h às 21h - o curso iniciará no próximo dia 30 com término previsto para o dia 06 de julho, na sede do Cinema Nosso, localizado na Rua do Rezende, 80, Lapa/RJ.

    Se você gosta da temática do curso e tem disponibilidade, aproveite, não perca a oportunidade!


Algumas informações sobre o curso:

    Educadores: Alexandre Guerreiro, Bete Bullara e Victor Van Ralse.

    Conteúdo programático:
  • Estudo da percepção e influencia da linguagem audiovisual;
  • Linguagem do audiovisual;
  • A imagem fixa e a imagem do cotidiano;
  • Movimentos e elementos de constituição da linguagem audiovisual;
  • Linguagem cinematográfica;
  • Produção filmica.
    Metodologia: Exercícios práticos e teóricos
    Suporte técnico: André Tavares e João Tavares

*Visite os sites e conheça mais sobre a história e o trabalho:

Divulgação do Curso




domingo, 8 de maio de 2011

Games e Educação - Uma parceria para a melhora do processo ensino-aprendizagem

Imagem de Okami - PlayStation 2 - Considerado uma verdadeira obra prima
 
   Sempre fui defensora dos games (não falo aqui dos jogos educativos, pois estes quase todos concordam que é interessante colocar dentro das disciplinas escolares), nunca achei, ao contrário da maioria dos educadores, que eles pudessem ser uma ameaça à educação, pelo contrário, os games podem ser aliados fortíssimos no processo ensino-aprendizagem. Eu mesma já aprendi muito com eles, abri a mente para diversas culturas diferentes da minha, (cultura xintoísta de raízes japonesa com Okami) pesquisei sobre história antiga e bíblica (viajando com Shadow of the Colossus - PlayStation 2) e mitologias, filosofei sobre a origem da vida (jogue XenogearsPlaySatation - e você será outra pessoa!), discuti política e pensei mais sobre a fusão homem-máquina e utilização de nanotecnologia (jogando a série Metal Gear SolidPlayStation, PlayStation 2, PlayStation 3); sem contar que hoje sou uma apaixonada por trilhas sonoras de jogos (quem não fica maravilhado ao ouvir a trilha sonora de God of War?! - PlayStation2, PlayStation 3). 

 Gerard Marino - compositor da trilha sonora da série God of War - Conduzindo 
a Golden State Pops Orchestra (fevereiro de 2007): música da trilha do jogo.
  

É fato: se você gosta e se envolve com o enredo do jogo, você vai além do simples ato de jogar, você pesquisa, busca os porquês daquilo ali apresentado.

Imagem de Metal Gear Solid 4 - PlayStation 3
   Em Limbo - XBox-360, por exemplo, você desenvolve o raciocínio matemático, lógico-espacial, pois é um jogo de plataforma com quebra-cabeças, sendo que os desafios podem variar entre descobrir a solução de um problema e executar tarefas que requerem precisão e habilidade.

Imagem de Limbo - XBox - 360. 
Surpreende com sua atmosfera "estranha" em branco e preto
   Acontece que a maioria das crianças jogam por mero entretenimento, e não "aprenderam" a jogar de uma maneira mais útil por assim dizer, ou seja, se divertindo e aprendendo simultaneamente, pois sem o costume do olhar crítico (que em nosso país infelizmente é raridade), perdem a essência do jogo e resumem algo que poderia trazer uma quantidade enorme de informações em mero entretenimento fútil. Ou seja, se você joga a série God of War e percebe o jogo sem análise prévia, sem saber sobre o enredo, sem pensar o jogo tentando entendê-lo, você poderá resumi-lo em "pancadaria e sangue" (o que não é muito diferente do que está na TV, nas manchetes de jornais e nas telas de cinema, mas esse é outro assunto, deixemos pra depois!), mas o jogo não é só isso! O jogo conta a saga de um espartano que vai contra os deuses gregos em busca de vingança - inevitavelmente você vai conhecer mitologia grega e algo sobre o exército espartano. Obviamente que não iremos colocar uma criança de 10 anos para jogar a série God of War, por uma questão de bom senso e até mesmo porque, os jogos tem a indicação da faixa etária recomendada, cabe aos educadores, pais e responsáveis estarem atentos a isso (é como nas programações de TV, sempre há indicação de idade adequada para determinado programa) e não permitirem excessos.

Capa do jogo God of War II - Indicação para maiores de 18 anos
  O que eu realmente gostaria que acontecesse é que os preconceitos diminuíssem e que a culpa das tragédias ocorridas, principalmente relacionadas às crianças, não caíssem exclusivamente nos games e na Internet. O problema está em como a sociedade se comporta e influencia na Educação, e é aí que temos que "mexer". E a Educação, o pensar e o inverstir nela é que pode mudar alguma coisa. É preciso criar, desenvolver um olhar crítico e pensante em nossas crianças, visto que os problemas atuais vão muito além dos jogos eletrônicos, aliás, não tem nada haver com os jogos eletrônicos. Não é possível que ninguém veja e assuma essa realidade! Tudo depende do olhar e dos objetivos estabelecidos. É possível aprender e reaprender com tudo, basta querermos (estado, sociedade: responsáveis, pais e educadores) buscar e fazer acontecer!

Imagem de Shadow of the Colossus - PlayStation 2

   Abaixo, segue uma matéria retirada do site Olhar Digital (aliás, recomendo!), que aborda exatamente a maneira como acredito que os games devem ser vistos em relação a Educação, mostrando que já existem iniciativas (e de gente séria!) a respeito:


Games invadem as salas de aula




   A discussão sobre a influência dos games no processo de aprendizagem é tão antiga quanto consoles de Atari. Alguns educadores alegam que jogos de guerra e combate estimulam o comportamento violento dos usuários, mas outros acreditam não haver relação entre um fator e outro. Discussões à parte, o fato é que diante do fascínio que os jogos eletrônicos exercem sobre os jovens, muitos profissionais da educação buscam maneiras de levar a diversão das salas de estar para as salas de aula.

  Gilson Schartz, professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, está trazendo para Brasil o game "Conflitos Globais". Com interface semelhante ao famoso "The Sims", a ferramenta, que já é utilizada em cerca de 500 escolas europeias, pretende ajudar alunos do ensino médio a entender problemas sociais e econômicos.

  "Os estudantes jogam como jornalistas, e conforme vão navegando, podem ir fazendo perguntas para os personagens e armazenando as respostas [em texto], para no final, compor a sua reportagem", explica o professor.

  Ainda em fase de testes, o game deve custar 5 reais por aluno, e a ideia é disponibilizar o software para escolas públicas e particulares. Estudos realizados com a utilização desse tipo de material didático comprovam; dá resultado!

  Gilson acredita que, o que faz com que o aluno tenha 60, 70% de retenção do conteúdo, já no primeiro contato, é justamente o interesse que aquilo provoca. "Não é apenas pelo game ser bem feito, é a relação do estudante com a situação de aprendizado. Por isso que é importante essa convergência entre a brincadeira e a seriedade", diz.

   De olho nesses resultados positivos, um colégio particular da Zona Sul de São Paulo resolveu não só utilizar os games como ferramenta pedagógica, mas também ensina os alunos a criar os próprios jogos. Em uma matéria extracurricular, eles aprendem adesenvolver jogos eletrônicos de acordo com o conteúdo estudado nas outras disciplinas.

   Segundo o Coordenador do Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento de Jogos Eletrônicos do Colégio Santa Maria, Muriel Vieira, com a motivação de criar os games, os alunos desenvolvem-se não somente nas áreas que estão relacionadas diretamente com o jogo, como história, geografia e ensino religioso. "Para criar o jogo eles devem ter outras habilidades. Para fazer o boneco pular, por exemplo, o software pede que coloquem a gravidade, força e aceleração do movimento. Estes conceitos eles nem estudam ainda, só vão conhecer no ensino médio. mas, de uma forma implícita, já estão estudando", conta.

   Enquanto professores e escolas pesquisam novas maneiras de utilizar e desenvolver games educativos, essa escola de música utiliza softwares já existentes no mercado. Um estúdio equipado com Guitar Hero e Rock Band fica a disposição dos alunos para que eles possam jogar quando estão fora da aula. Mesmo que tocar um instrumento de "mentirinha" seja bem mais fácil do que fazer música com um real, muito conteúdo é assimilado durante esses shows virtuais.

  "O game quando é utilizado para uma finalidade pedagógica, pode ter um efeito interessante: o aluno aprende sem ter consciência. Ele joga, mas também aprende alguma coisa", diz Alex Rodriguez, Professor de Guitarra da Escola de Música e Tecnologia (EM&T). O professor também conta que, no caso do jogo de música, o aluno pode não aprender a fazer música necessariamente, mas ele está entrando em contato com algumas atividades que estão relacionadas com a música. A questão do desenvolvimento ritmico é um exemplo. "Não dá para jogar Guitar Hero se não tiver ritmo. Isso faz com que o aluno acabe desenvolvendo ritmo ao apertar as teclinhas na hora certa", finaliza.
    
  A iniciativa de levar jogos eletrônicos para o ambiente escolar ainda precisa vencer muitos obstáculos. Faltam equipamentos e professores capacitados para lidar com esse tipo de mídia. E também a resistência de muitos educadores, que defendem métodos mais convencionais de ensino. Mas as experiências mostram que é possível sim, aprender brincando com games."


*Sobre o jogo Conflitos Globais, acesse os links abaixo: