terça-feira, 29 de novembro de 2011

AIDS ZERO – O DESAFIO ATÉ 2015…



O Dia Mundial de Luta Contra a Aids, 1º de Dezembro, foi criado em 1988 durante um encontro internacional de Ministros da Saúde, reunidos em Londres, e logo foi adotado por diversos países.  Desde então, a data teve como objetivo promover uma reflexão sobre os progressos e conquistas na luta contra o HIV e Aids, além de criar sensibilização e mobilização para o enfrentamento de desafios novos e remanescentes.


            Conforme agenda política assumida por vários países na Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) em junho de 2011 com vistas a Intensificar esforços para eliminar o HIV e Aids no mundo. Os integrantes do movimento social e comunitário do Rio de Janeiro, Coletivo formado por entidades de lutas e ativismo, através dos Grupos Fanchonos, Pela Vidda-RJ, Arco-Íris, Instituto Arco-Íris, TransRevolução e RedTrans Brasil  através de Ato Público, vem tornar visível a sociedade, o avanço crescente de novos casos, a banalização da epidemia no Brasil e no mundo, e os atuais desafios vivenciados em 2011 e as perspectivas no enfretamento até 2015. Nesse sentido denuncia-se a falta de cumprimento das políticas públicas para o devido controle da epidemia, a ausência de investimentos na melhoria dos serviços para promover maior auto-estima e qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV e Aids e políticas para garantir o exercício pleno da cidadania.

            A agenda 2011 não é de celebração, mas uma ampla reflexão para garantir a vida e a dignidade das pessoas vivendo com HIV e Aids em todo o mundo.

  • Atualmente no mundo 33 milhões de pessoas vivem com Aids (UNAIDS/2011) e no Brasil segundo o Ministério da Saúde existe 630 mil pessoas com Aids (2011) mas estima-se que tenhamos mais de 1,5 milhão de pessoas com HIV e Aids;
  • A maioria das pessoas infectadas pelo HIV vivem em países pobres;
  • Atualmente, nem todas as pessoas vivendo com HIV e Aids tem acesso a tratamento digno e satisfatório;
  • A epidemia de Aids não acabou.  Todos os dias são registradas mais de 7 mil novas infecções e muitos só vão descobrir o seu diagnóstico já doentes. Pessoas adoecem e morrem de Aids todos os dias;
  • Das novas infecções por HIV no mundo 34% está entre jovens de 15 a 24 anos e no Brasil o maior aumento tem sido entre jovens gays, travestis e mulheres jovens de 13 a 19 anos.  A maioria dos casos encontram-se nos grandes centros;
  • As travestis e transexuais ainda vivenciam sérios problemas de exclusão, vulnerabilidade e dificuldades no acesso aos serviços de saúde;
  • Vidas humanas são sacrificadas diariamente no mundo para preservar o monopólio, o capital e o lucro exorbitante dos laboratórios farmacêuticos multinacionais;
  • Qualquer pessoa pode pegar Aids.  Não existe “grupo de risco”.  Hoje todos podem contrair HIV e Aids;
  • A Aids deixou de ser apenas um problema de saúde e se transformou num problema social e que requer respostas mais ágeis e comprometidas dos gestores da saúde;
  • O Estado do RJ, ainda apresenta dados abaixo da média e inadequados em relação as campanhas de testagem e de diagnóstico. Continuamos enfrentando problemas sérios na assistência aos doentes de Aids e a crescente deficiência de médicos infectologistas na rede do SUS;
  • O Rio de Janeiro precisa com urgência de maior atenção pelos gestores de saúde para cumprimento das ações pactuadas nas instâncias do SUS como: Integralidade no tratamento, assistência integral, acesso e humanização no tratamento de Aids; Cumprimento da Portaria acerca dos problemas decorrentes da Liposditrofia, Implementação da Política de Profilaxia Pós Exposição (PEP) para grupos mais vulneráveis, reprodução assistida para casais sodiscordantes entre outros.
  • Temos que reunir esforços de toda a sociedade para uma ampla campanha de prevenção, informação e solidariedade;
  • As pessoas vivendo com Aids merecem viver com respeito, dignidade e cidadania. Não podemos tolerar nenhuma forma de preconceito e discriminação. Todos tem direito a vida!

►AGENDA POLÍTICA:

01/12/2011 – Ato Público na Praça da Cinelândia das 16:00 às 20:00 em parceria com coletivo de entidades e lideranças sociais do Rio de Janeiro.

Proposta de Instalação:

16:00 às 19:00 – Ocupação da escadaria da Câmara Municipal e organização do Ato Político; Construção de materiais (mosaico da bandeira nacional com frascos de antirretrovirais e outros materiais); performances teatrais e distribuição de material informativo e de prevenção;

19: 00 às 20:00 – Lanternas, velas e Ato Político em apelo a Campanha Mundial da Organização das Nações Unidas com vistas a proposta dos 3 zeros: Zero de novas infecções, Zero de preconceito e discriminação e Zero de novas mortes decorrentes do HIV e Aids. Proposta da campanha regional coordenada pela Rede Latinoamericana de Ações Voluntárias em Hiv e Aids – RedLacVo+.


Apoiadores e colaboradores: SMSDC/Gerência Municipal de DST e Aids do Rio de Janeiro,ABIA, FIOCRUZ/IPEC/IPREX na prevenção, Laboratório de Educação e Imagem da UERJ, RedLacVo+, Grupo SOS Vida de Petrólis e Netgay.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Projeto de Lei 267/11

    Quer queiramos ou não, a falta de respeito, a desvalorização e até mesmo a violência contra os profissionais de educação tem sido algo perceptível na sociedade como um todo, e não seria diferente em sala de aula. É muito fácil escutar relatos de profissionais de educação sobre situações do gênero. 


   Resolver essa "situação" não é tão simples, ao meu ver seria o caso de uma reeducação social, a começar pelo estado valorizando os profissionais de educação. Seria um caso para uma reformulação educacional, uma mobilização de todos os setores da sociedade, o que demoraria algum tempo para se concretizar ainda que se iniciasse imediatamente e com seriedade.

    Fui surpreendida hoje pela notícia de um projeto de lei que prevê punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino. Há quem concorde e quem não concorde, mas sinceramente, apesar de acreditar que isso não seria a solução, acredito que este é um passo importante e que demonstra que de certa forma há quem comece a se preocupar em pensar o nosso sistema educacional em busca de um olhar que  se  adeque à realidade do cotidiano escolar brasileiro, ou seja, mais atualizado por assim dizer.

*No site VOTENAWEB você pode votar e acompanhar o projeto, além de acessá-lo na íntegra.

Espero que esse projeto seja analisado e discutido de forma séria e relevante, sem politicagens e que sejam tomadas as melhores decisões a respeito para que não haja prejuízos e sim avanços para o sistema educacional e a nossa sociedade como um todo.


Projeto de Lei 267/11


   A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino.


   Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente.


   A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante.


   De acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que, em muitos casos, acabam sem punição.


   O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.